Estrutura Interna e às Igrejas: A Organização MODELO!

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”                                                                                                                                          Mateus 28: 19,20

 

Com base nos versículos transcritos anteriormente e em atendimento ao mandamento deixado por Jesus através das escrituras, igrejas são criadas/abertas sem que haja um planejamento, tampouco sendo admitido que a igreja é uma empresa, por haver o entendimento de que não possui o lucro como objetivo.

No entanto, no artigo 5º do decreto 119/A de 07/01/1890, ainda hoje em vigor, define a igreja como personalidade jurídica, tal como transcrito a seguir:

“Art. 5º A todas as igrejas e confissões religiosas se reconhece a personalidade juridica, para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites postos pelas leis concernentes á propriedade de mão-morta, mantendo-se a cada uma o dominio de seus haveres actuaes, bem como dos seus edificios de culto.” (transcrito na forma original)

Adicionalmente, define-se a Igreja como uma pessoa jurídica, de direito privado, pertencente ao terceiro setor, ou seja, podem ser constituídas e organizar sua administração de forma extremamente específica, e não possuem finalidade lucrativa, se não um objetivo comum em prol de interesses coletivos.

Tendo tomado como base as definições anteriores, pode-se perceber que a Igreja é uma empresa e que como tal, está sujeita a obrigações e controles de órgãos de governo, e principalmente, aos interesses de seus membros, e que por isso deve estar estruturada e ser bem administrada, buscando assim sua expansão e garantindo sua perpetuidade.

Desfrutando como referencial de análise a posição empresarial, vemos que para a Igreja o “produto ofertado” ao cliente é o mesmo para todos os clientes, devendo assim buscar além da excelência ministerial, a qualidade da estrutura e da administração, decidindo-se empregar técnicas utilizadas nas empresas dos demais setores, de forma que sua estrutura de gerenciamento forneça possibilidade de crescimento e perpetuidade, permitindo assim o cumprimento de sua principal missão, evangelizar.

Em virtude disso, entenda que o plano de ação de uma instituição religiosa, igreja, deve compor as técnicas de administração e seus respectivos princípios, além de fluxos e tarefas bem definidas e desenhadas. Caso despreze tais ações, a vida operacional estará com graves ruídos que prejudicarão a vida financeira da instituição e consequentemente afogarão todos os sonhos e objetivos de médio e longo prazo.

 

Autor:

Carlos Eduardo de Oliveira Corrêa, atuário, mestre em gerência e direção de empresas pela Universidad de la Empresa (Uruguai), pós graduado em gestão financeira, auditoria e controladoria pela Universidade Castelo Branco, graduado na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com ampla experiência no mercado de Previdência Privada.

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