COVID-19 e Organizações Religiosas
Em momento qual passamos hoje, vislumbramos um cenário pouco visto na história recente. Nestes últimos 20 anos, passamos por quatro eventos de ordem econômica que impactou diretamente nosso país, cito:
- Ataque às torres gêmeas (2001);
- Crise do subprime, hipotecas americanas (2008);
- Divulgação do áudio de Joesley Batista (2017);
- Greve dos Caminhoneiros (2018).
Os quatro itens que citei pertencem ao contexto macroeconômico, os dois primeiros de ordem mundial e os dois últimos de ordem nacional. Entretanto, possuem uma grande intercessão, afetaram diretamente a estrutura econômica de nosso país em momentos de sinais de recuperação.
De repente esteja se perguntando, o que eu como igreja e líder/presidente de uma congregação tenho a ver com isso? Respondo: Tudo a ver!
Portanto, peço que acompanhe este texto até o final!
Se pararmos para pensar no reflexo monetário, ou seja, circulação da moeda, temos as congregações como item na cadeia econômica, vez que estamos conglomerados no TERCEIRO SETOR. O que isso significa? Em momentos em que a economia, de modo geral, é impactada negativamente, diminuem às doações e recursos destinados às congregações, muito em função dos associados que por motivo outro perdem a capacidade de receita pessoal. Quando uma instituição religiosa, sem finalidade de lucro, perde arrecadação (receita operacional), compromete com OBJETO que foi instituída, ou seja, projetos sociais a fim de ressocializar o indivíduo.
Esse conceito nos remete a olharmos o contexto interno e externo onde estamos inseridos. Poderíamos citar diversos trechos bíblicos onde o povo de Israel trabalhava para construção/reconstrução da cidadela e não abdicava de analisar os efeitos fora da cidade com outros povos. Analogamente falando, em administração temos que observar os contextos interno e externo para continuarmos a operar como fomos convocados. O que seriam esses contextos? Os cenários externos são os momentos em que vivenciamos, como por exemplo COVID-19, ou seja, situações que não dominamos, mas que afetam direta e indiretamente nossa atuação. Já no cenário interno, analisamos os efeitos do externo, como por exemplo: Até que ponto o efeito COVID-19 interferirá nas congregações e quais ações terão para manter-nos operando caso isso persista por x tempo.
Diante desta pequena síntese, chegou o momento de planejar os recursos neste possível período de recessão. Esse planejamento só será capaz se a instituição possuir um regime contábil atualizado e que siga normas emitidas pelos entes normativos, já que as demonstrações financeiras serão cruciais. Por quê? Contabilmente temos uma demonstração financeira chamada BALANÇO PATRIMONIAL que expõe diversos indicadores, como capital de giro, capacidade para endividamento, necessidade de capital a longo prazo e também a curto, entre outros. Essas informações são cruciais para SOBREVIVÊNCIA ECONÔMICA-FINANCEIRA.
Nas datas das 4 crises econômicas nos últimos 20 anos, verifique através dos indicadores e demonstrações contábeis como a instituição gerou soluções para perdurar até aqui. Verifique o plano de ação e prepare-se para com prudência e planejamento agir!
Como dica, não utilize apenas a parte contábil para atender o FISCO mas para também como um instrumento gerencial capaz de indicar caminhos vitais para administração financeira. Caso a instituição não possua escrituração contábil, conte com a ÉFFESO para auxiliar e assessorar a fim de utilizar controles capazes de administrar a congregação.