Atualmente ouve-se dizer muito o termo “Controles Internos”, porém o que seria isso e por que é importante para minha igreja? Estas perguntas responderemos a seguir.
O que são Controles Internos?
Controles Internos consistem num conjunto de políticas e procedimentos que são desenvolvidos e operacionalizados para garantir razoável certeza acerca da confiança que pode ser depositada nas demonstrações financeiras[1] (resultado contábil de eventos financeiros e não financeiros na instituição) e nos seus processos correlatos, bem como na correta apresentação daquelas demonstrações financeiras, garantindo que foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos e que incluem políticas e procedimentos de manutenção dos registros contábeis, aprovações em níveis adequados e salvaguarda de ativos, conforme definição da FASB[2] (Financial Accounting Standards Board).
Ou seja, são grupos de ações que precisam ser desenvolvidos para cada setor/atividade, que deve ser acompanhado e medido com frequência estabelecida por área independente, levando-se em consideração as metas desejáveis, traçadas a partir do Planejamento Estratégico e da Missão da empresa.
Para que servem os Controles Internos?
Tendo já entendido o que são os Controles Internos, vamos agora compreender os benefícios que a sua implantação e utilização podem trazer para a sua empresa.
- Fornecer informações sobre os processos executados e fluxos realizados pela empresa;
- Facilitar a tomada de decisões e antecipar possíveis ajustes a serem realizados
- Ter maior Eficiência e Eficácia em suas atividades
- Garantir a fidedignidade e imparcialidade dos relatórios finais
- Salvaguardar o patrimônio da empresa, dando suporte ao gerenciamento de riscos e minimizando eventuais perdas financeiras
Por que devo implantar Controles Internos na minha igreja?
Sabendo-se que a Igreja é considerada para o Estado uma empresa do 3º setor, ou seja, sem fins lucrativos e que , segundo Cassarro (1999), empresa é uma entidade jurídica que tem como obrigação apresentar lucro, e este deve ser suficiente para permitir sua expansão e o atendimento das necessidades sociais, podemos constatar que a igreja:
- Têm obrigações legais a cumprir;
- É fiscalizada pelo Estado;
- Apesar de não ter lucro, deve buscar constantemente a sua expansão para melhor atendimento às necessidades sociais;
Reforçamos também que a não implantação de Controles Internos acarretará grandes riscos e más surpresas, uma vez que atividades não acompanhadas podem estar infringindo o Estatuto Interno e até mesmo a Legislação, ocasionando desde sanções individuais leves, como advertência, até mesmo multas e processos legais à igreja.
Então, assim como toda empresa, a Igreja deve possuir ações que busquem otimizar suas atividades, reduzindo seus riscos, garantindo eficiência e eficácia em suas operações, e assim possibilitando apresentar melhores resultados operacionais e financeiros.
Autor:
Carlos Eduardo de Oliveira Corrêa, atuário, mestre em gerência e direção de empresas pela Universidad de La Empresa (Uruguai), pós-graduado em gestão financeira, auditoria e controladoria pela Universidade Castelo Branco, graduado na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com ampla experiência no mercado de Previdência Privada.
[1] Demonstrações financeiras ou demonstrações contábeis são apresentações que utilizam instrumentos e técnicas contábeis capazes de informar a situação financeira geral de uma empresa.
[2] FASB - Organismo responsável pela emissão de normas contabilísticas e de relato financeiro nos EUA. No Brasil, temos às figuras do CPC (Comitê de pronunciamentos contábeis) e CFC (Conselho Federal de Contabilidade).
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LLuiz Henrique